Lapada nos Barraqueiros: o Descaso Gritante no São João de Patos 2025
Ambulantes denunciam falta de estrutura, arrogância da gestão técnica e o descumprimento do mapa de barracas. Sindicato buscará diálogo com o prefeito antes de acionar a Justiça.
Faltando poucos dias para o início do São João de Patos 2025, os barraqueiros vivem um verdadeiro drama. Muitos ainda não receberam suas barracas, outros estão sem energia elétrica, e há um clima de desrespeito generalizado. A festa, que deveria valorizar a cultura e o comércio local, começa com desorganização e indignação por parte de quem realmente constrói o evento: o povo trabalhador.
De acordo com Expedito Lira, presidente do Sindicato dos Barraqueiros, a situação é caótica:
“Tem barraqueiro que pagou caro e ainda está no improviso. Sem barraca, sem energia, sem apoio. E o pior: o mapa que foi apresentado para organização da área simplesmente não está sendo respeitado. Isso está causando confusão entre os próprios comerciantes.”
Mapa ignorado, povo prejudicado
O mapa oficial da disposição das barracas, que foi apresentado previamente à categoria, está sendo desconsiderado na prática. Com isso, ambulantes chegam para montar em seu local e descobrem que ele já foi ocupado por outro, sem nenhuma justificativa.
Essa falha gerou transtornos, desentendimentos e prejuízos financeiros. Em um evento com essa dimensão, o mínimo que se espera é organização e cumprimento dos acordos previamente estabelecidos.
Arrogância da gestão e falhas graves
A principal crítica é dirigida ao secretário Vinícius França, titular da pasta de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Econômico, acusado de arrogância, prepotência e autoritarismo:
“Ele não respeita os trabalhadores, não aceita conversar e trata mal até os servidores da Prefeitura. É inadmissível. São famílias tentando trabalhar, não pedintes”, criticou Expedito Lira.
Além disso, a empresa Área Badalada, representada por Wescley Barbosa, e a empresa contratada para montar as barracas não cumpriram os prazos prometidos. A Energisa, sem estrutura montada, não conseguiu realizar as ligações elétricas a tempo, deixando parte dos barraqueiros no escuro — literalmente.
Barracas precárias e estrutura insuficiente
Além do atraso, a qualidade das barracas é outra grande reclamação. Muitos trabalhadores relatam que as tendas entregues estão com estrutura frágil, feitas às pressas, com remendos malfeitos nas coberturas, expondo mercadorias e pessoas à chuva e ao sol forte.
“Não dá para trabalhar com essa precariedade. Muitos têm medo que as barracas desabem com o vento, ou que o remendo das lonas rasgue no meio da festa. Isso é um desrespeito com quem paga para trabalhar dignamente
Prefeito ainda não foi informado plenamente
O Sindicato dos Barraqueiros deixa claro que, até o momento, o prefeito Nabor Wanderley não tomou conhecimento pleno da gravidade da situação. Segundo Expedito, antes de levar o caso ao Ministério Público e à Justiça do Trabalho, a categoria irá procurar o prefeito diretamente.
“Sabemos que Nabor sempre foi aberto ao diálogo. Acreditamos que ele está sendo mal informado pela equipe técnica. Vamos buscar uma solução diretamente com ele antes de judicializar a questão”, afirmou o sindicalista.
Gratidão ao Ministério Público
Apesar do cenário caótico, há também espaço para reconhecimento. O Sindicato e os trabalhadores agradecem ao Ministério Público da Paraíba, que atuou com firmeza para garantir que pais e mães de família que haviam sido excluídos da festa tivessem o direito de montar suas barracas. Uma ação essencial para assegurar trabalho, renda e dignidade a quem mais precisa.
A Lapada está dada!
A cultura junina não se faz com camarotes, mas com o povo. E o povo está cansado de ser humilhado. O Blog do Lapada denuncia o descaso, cobra respeito e exige providências urgentes. Não dá para aceitar que trabalhadores paguem para serem desrespeitados.
A festa pode ser gigante, mas só será justa quando respeitar quem a constrói com suor e tradição.
Por Marcone Pereira
Blog do Lapada — A verdade em primeira mão!
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